A Aneel (agência nacional de energia elétrica) anunciou no início de setembro uma nova bandeira tarifária, a chamada “bandeira tarifária escassez hídrica”.
Até o momento estava em vigor a bandeira vermelha 2, onde pagamos um adicional de R$9,49 por 100 kWh, quando a nova bandeira entrar em vigor, passaremos a pagar o adicional de R$14,20 para a cada 100 kWh consumido. A previsão é que essa bandeira permaneça até abril de 2022.

A nova bandeira possui uma alta de 49,63% em relação a antiga que estava em vigor, o reajuste é o segundo anunciado neste ano. De janeiro a abril, estávamos com a bandeira amarela acionada, com um custo adicional de R$1,34 por 100 kWh. Já em maio passamos para a bandeira vermelha 1, com um custo adicional de R$4,16. Como a falta de chuvas, em junho passamos para bandeira vermelha 2, onde pagávamos pelo adicional de R$6,24. Em julho e agosto se manteve a bandeira vermelha 2, mas com o reajuste para R$9,49.
Crise hídrica
A crise hídrica vem se agravando desde julho de 2020 e atualmente chegou em seu pior cenário nos últimos 91 anos. Em agosto os níveis de reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste do País chegaram em seus piores níveis nos últimos 20 anos.
Cerca de 70% da energia gerada em nosso País são fornecidas por usinas hidroelétricas que estão localizadas na região Sudeste e Centro-Oeste. Com a falta de chuva nessas bacias hidrográficas, houve a necessidade do acionamento das usinas termoelétricas e a importação de energia. Essas medidas custarão em média ao País cerca de R$8,6 bilhões, segundo o diretor-geral da Aneel.
E sabe o que é pior? Não há uma previsão para a melhora desse cenário. Afinal dependemos de que chova em locais específicos para que os reservatórios subam e voltemos a normalidade.